Sobre meu sumiço e arquitetura

Olá!
Primeiramente, há muito tempo que não posto aqui. Que novidade, não?

Muitas coisas aconteceram na minha vida desde o meu último post, porém duas foram fundamentais: eu ter, finalmente, “me encontrado” na fotografia e ter entrado na faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Sim, Arquitetura.

Falarei sobre a segunda.

Quem me acompanha aqui, sabe que eu sempre tive muitas dúvidas acerca do meu futuro. Não sabia o que fazer, não sabia o que queria pra minha vida, morria de medo, era cheia de dúvidas etc. Até que eu encontrei Medicina. Apaixonei-me por Medicina, porém no fundo eu sempre tinha medo, porque sempre gostei bastante das Artes e tinha medo de que elas não fizessem parte da minha vida. Além disso, eu sempre me interessei um pouco por cada área do conhecimento, e Medicina, por mais maravilhosa que seja, não focava um pouco em cada área. Outro fator que me assustava era a minha falta de vocação para o “cuidar”.
Quando saiu o resultado do ENEM, eu vi que tinha ido melhor que nos outros anos, porém minha nota passaria longe de qualquer nota de corte para qualquer faculdade pública de Medicina. Aí, então, começou o meu dilema. Outro ano de cursinho? Achar outro curso? Cursinho pra concurso público? Aaaaah, cursinho?

Eu sempre me senti muito “presa” enquanto estudava no cursinho. Por mais que eu gostasse bastante (sério, eu gosto muito), isso tomava todo o meu tempo, parece que a vida estava passando e eu estava enfiada em casa estudando. Da aula para casa, da casa para a aula, estudando as mesmas matérias durante o ano todo pra no final fazer uma prova e não saber se era aquilo mesmo que eu queria para a minha vida… Era complicado, viu.

Durante as férias, lendo mais sobre as profissões, eis que Arquitetura cai do céu na minha frente. Tenho amigas que cursam e adoram, mas eu nunca tinha parado pra ver sobre o que se tratava. Fui ler um pouco mais sobre o curso e… História da arte, mecânica, desenho… Um pouco de cada coisa. Exatamente como eu queria. Um pouco de exatas, um pouco de humanas, um pouco de artísticas. Olhei a grade curricular da UFMS, federal daqui, e me apaixonei. De verdade. E minha nota daria pra entrar. Por que não, não é mesmo? O tempo passou, passei na primeira chamada pra minha segunda opção (Administração, rs. Eu coloquei só pra não ficar sem nada, por causa do salário e do grande número de vagas em concursos públicos.), mas continuei esperando. Mais um tempo, na terceira chamada, eu consegui entrar. Fui toda feliz fazer a matrícula.

Na primeira semana de aulas, durante a ArqFest (uma semana de Arquitetura, com atividades diferenciadas), tivemos uma palestra com Ruy Ohtake, um famoso arquiteto. Poucas vezes fiquei tão maravilhada com algo, de verdade.
Estou no meu quarto mês de curso e já estou começando a olhar as coisas com olhos diferentes. Observo mais as formas, já sei nomes de algumas estruturas, presto mais atenção em coisas cotidianas que nunca haviam despertado o meu interesse… Por mais que esteja sendo bem puxado, eu estou me apaixonando por Arquitetura cada dia mais. É algo lindo, de verdade.

Se ainda me interesso por Medicina? Sim, é fantástico. Mas Arquitetura está me conquistando cada dia mais. Uma leitura, uma obra, uma construção, uma história… Cada pequeno detalhe é encantador. Às vezes digo que odeio, xingo bastante, reclamo que está dando muito trabalho. Mas se tenho vontade de desistir? Não. Não mesmo.

E é isso. Quem sabe, futuramente, vocês comecem a ver um pouco de Arquitetura aqui no blog. Seria uma boa, não?

Beijos (:

 

Palavras e posteriores esquecimentos

Olá!

Aqui estou, mais uma vez, divagando sobre a vida (enquanto eu deveria estar fazendo algo de útil).

Enquanto eu estava praticando, sem perceber, o meu passatempo preferido do dia-a-dia – o daydreaming -, comecei a reparar em algumas lembranças que apareceram. Não nelas em si, mas no ato de lembrar-me delas.

Coisas que aconteceram ano passado, por exemplo. Viagens, risadas, pessoas, aulas etc. Essas coisas que naturalmente faziam parte do meu cotidiano, hoje não fazem mais.

Se eu continuar indo mais “para trás” na memória, consigo me lembrar com clareza de momentos que ocorreram em diversos anos da minha vida. Entretanto, conforme o tempo passa, as lembranças vão ficando cada vez mais distantes, até se tornarem apenas estranhos flashes, chegando ao ponto de me fazerem duvidar se elas são realmente reais.

Não é assustador pensar que chegará uma hora em que o momento que você está vivendo agora, este exato momento, irá se tornar apenas mais uma lembrança no meio de tantas outras?

Há alguns dias, enquanto eu estava passando o horário de almoço na biblioteca (sim, tenho esse costume), peguei um livro aleatório (sim, sempre faço isso) de psicologia (Oi, Anna! Ano que vem esse livro pode fazer parte da sua vida! ♥). Abri o livro ao acaso, em uma página que descrevia um experimento de uma mulher, a qual me fugiu o nome agora.

Esta mulher passou seis anos da vida dela anotando sua rotina, as coisas que aconteciam no seu dia e por aí vai. Quando foi reler, notou que havia esquecido grande parte do que ela tinha escrito. Depois de alguns anos, quando foi analisar novamente, viu que havia esquecido, em média, 70% de tudo que fora escrito.

Ao ler esse texto, fiquei com ainda mais vontade de escrever. Relatar o que penso, o que sinto, singelos momentos que melhoram o dia – mas que acabamos esquecendo semanas depois -, lembranças gostosas… Se o meu medo de esquecer certas lembranças já era grande, ficou ainda maior.

E você, que está lendo isto agora, por que não corre guardar suas lembranças em formas de palavras também? Elas são sempre um porto seguro.

Beijo beijo!

Frações de segundos

Olá!

Primeiramente, peço desculpas pela ausência. Estou fazendo cursinho preparatório para o vestibular/ENEM – quero Medicina – e olha, não está fácil para ninguém. hahaha Então, gostaria que relevassem as demoras para responder comentários, retornar aos blogs e coisas do gênero. De verdade, quando tudo já tiver passado, irei calmamente em cada um dos blogs de vocês e passarei um tempo neles, lendo, comentando e coisas assim. Mas já que ainda não estou dentro de uma universidade, escrever aqui de vez em nunca “é o que tem pra hoje”.

Bem. Não sei ao certo como começar o que eu quero escrever, então, aos poucos, irei tentando organizar as ideias.

Há alguns meses, em uma aula de redação, eu estava tirando dúvidas com um professor de redação. Conversa vai, conversa vem, ele disse que que eu podia não me lembrar ao certo como e quando aconteceu, mas houve um momento em que eu descobri, realmente, que eu queria Medicina. Fiquei com isso na cabeça durante um tempo e, repentinamente, lembrei de como aconteceu.

Certa vez, fui fazer uma endoscopia, por causa da minha gastrite. Nessa época eu já estava querendo Medicina (sim, eu sou muito indecisa e quis uma infinidade de cursos antes. Sim, sou meio sem moral), e lembro-me que entrei na sala para o exame chorando – não como um bebê, mas com umas boas lágrimas nos olhos. Deitei na cama, a moça aplicou a anestesia em mim e… acordei quando o exame já havia acabado. Fiquei maravilhada com aquilo, e foi em uma fração de segundo, enquanto eu estava indo embora da clínica com meus pais, que soube que eu queria Medicina.

Após ter lembrado disso, comecei a pesquisar sobre mais frações de segundos de descobertas assim. Lembrei-me, então, do dia em que descobri que amava fotografia e que precisava viajar pelo mundo (meu maior sonho).
No final de 2009, criei um Flickr. Uma das melhores coisas que já fiz na internet. Passando tempo olhando fotos, encontrei uma. Esta:

Foi amor à primeira vista. Lembro exatamente de quando foi isso. Eu estava no computador, no quarto dos meus pais, em uma tarde qualquer. Fiquei maravilhada. Não lembro exatamente quanto tempo levei pra conseguir fechar a foto, mas lembro que a usei como papel de parede do computador por um bom tempo.

Ocorreram outros momentos assim, como quando eu descobri meu gênero musical predileto, quando descobri que vou sentir falta de Campo Grande e coisas assim, mas não escreverei aqui para o post não ficar (mais) longo.

E com vocês, já aconteceu isso? (:

Beijos!

Vida de ônibus

Olá!

Primeiramente, peço perdão pela ausência. A minha vida está mais corrida do que eu gostaria (ou não. Gosto da correria.) e acabo não tendo muito tempo para parar e escrever.

Porém, como já devo ter dito algumas vezes, chega uma hora em que eu sinto que preciso escrever. No caso, a hora seria agora.

Este ano a minha rotina mudou bastante, e dentre as mudanças, uma que vale muito ressaltar é a minha vida dentro do ônibus. Todos os dias, idas e voltas para a aula, para a autoescola, para o centro da cidade e por aí vai. Nessas minhas andanças de ônibus, vão acontecendo várias coisas interessantes, e com medo de perdê-las no fundo da minha memória, começarei a escrever aqui na categoria que chamarei de Vida de ônibus. Como não acontecem tantos casos assim, vou postar também acontecimentos dos quais vou querer lembrar daqui alguns anos.

E para começar, escreverei algo que me aconteceu há uns meses, dentro do ônibus.

Eu gosto de dar o lugar para pessoas mais velhas que eu — certo, para idosos. Pessoas que eu vejo que são muito novas eu deixo para lá, afinal, eu sofro no ônibus do mesmo jeito! haha
Em uma dessas vezes que fui dar o lugar para um senhor, ele olhou para mim e disse “não precisa não, minha filha. Daqui a pouco já vou descer, mas Deus te abençoe!”. Sorri para ele, que já estava se dirigindo para a porta. No meio do caminho, ele voltou e disse “vou rezar para que os seus sonhos se realizem!”. E enquanto eu sorria, ele tornou a dizer “mas você tem que ajudar também. Temos que correr atrás dos nossos sonhos!” e foi andando para a porta novamente.
Antes de sair, ele rapidamente olhou para mim, e sorrindo disse “sou o homem dos provérbios!”. Logo após, ele desceu.
Não tornei a vê-lo novamente, exceto em minhas lembranças.

Entenderam o porquê de eu querer guardar esses momentos em algum lugar?

Espero que tenham gostado!
Até mais :)

Romanticidade

Olá.

Não posto aqui há algum tempo. Obviamente também não consegui levar o Projeto 365 para a frente. Não é que eu não quisesse, eu só não consegui por uma série de fatores. Quando me dei conta disso, já era tarde demais para começar um projeto mais “leve”. Dadas as minhas condições atuais, estou longe de conseguir retomar o desafio. Aliás, eu nem deveria estar escrevendo aqui, mas tudo bem.

Eu sei que é hora de voltar a escrever quando eu começo a pensar demais, sonhar acordada demais, criar situações imaginárias – como diálogos que nunca acontecerão – demais. Isso acaba ocupando a minha mente e não consigo prestar atenção no que eu realmente deveria prestar. Escrevendo, eu consigo colocar todos os pensamentos – ou parte deles, ao menos – para fora, liberando espaço na minha cabeça. (Acho que isso soou como se eu fosse um computador, mas não tem problema.)

Vamos à questão do título: romanticidade. Romantismo. Romance. Da minha parte, claro.

Há alguns dias eu estava conversando com um amigo meu que terminou recentemente um namoro. Alguns dias – ou poucas semanas depois, não lembro exatamente -, ele me disse que ambos estavam conhecendo pessoas novas, saindo com pessoas novas. Há alguns dias atrás, ele me contou que saiu com uma garota. Bem, ela pode ser apenas uma grande amiga, mas isso não muda o fato de ele ter saído com uma mulher. Não sei como a ex-namorada dele está, mas acredito que esteja agindo da mesma maneira, tendo em vista o que ele havia me contado.

Vamos ao problema: como um ser humano tem a capacidade de terminar um namoro e ir logo “conhecer pessoas novas”? Não estou falando dele, mas sim das pessoas em geral. Conheço muita gente que termina relacionamentos duradouros e logo aparece dando chances para outras pessoas. Não estou falando mal delas, longe disso. Talvez eu esteja até falando mal de mim, porque eu não consigo entender.

Certa vez terminei um relacionamento e levei 6 meses para conseguir parar de pensar na pessoa todos os dias. Após 3 meses do término, tentei sair com uma pessoa. Não deu certo, e eu me senti muito, muito mal por ter conseguido beijar alguém após apenas 3 meses.

Conversei com a minha mãe sobre o assunto e ela disse que eu sou, de fato, romântica demais. Que as pessoas não são mais assim, não levam tão a sério a coisa toda. E eu me pergunto: como diabos elas conseguem fazer isso?! Não estou falando de ficar sofrendo por alguém durante 2 anos, estou falando de… respeito, talvez. Consciência. Amor. Eu não consigo colocar na minha cabeça que existem pessoas que terminam relacionamentos de meses, anos, e após uns 4 meses já estão dizendo “eu te amo” para outras pessoas. Isso não existe! As pessoas sabem, ao menos, o significado de amor? O que é amar? Eu não consigo dizer direito que amo nem as pessoas que eu mais amo no mundo, porque é algo muito, muito, muito forte. “Eu te amo” são as três palavras com mais significado para mim, quando usadas juntas. Elas têm o poder de melhorar a sua vida, como acabar com ela. São palavras que precisam ser usadas com o maior cuidado do mundo. E existem casais que dizem “eu te amo” em um mês e no outro já estão saindo com outras pessoas.

Eu até consigo relevar aqueles que terminam e saem com outras pessoas somente pelo físico, pela autoestima, sem levar a sério. Mas entrar de cabeça em um relacionamento sério logo após ter terminado outro? Ah, me desculpem, mas não dá. Eu já olho torto para pessoas que namoram “sério” duas pessoas no mesmo ano… Imaginem no mesmo semestre. E não é recalque de encalhada, ok? Eu pensava assim quando tinha garotos à disposição (hahaha).

E isso me leva a retomar o título: romanticidade. Romantismo. Romance.

Sou do tipo que sonha em me casar, formar uma grande, feliz e linda família e viver cercada das pessoas que amo até o fim da minha vida. Sou do tipo que sonha com o dia no qual eu brigue com um garoto e ele corra atrás de mim. Sou do tipo que gostaria de saber que alguém disse “eu sou dela” – se referindo a mim – para algum amigo meu. Sou do tipo que ama mensagens e ligações inusitadas, cartas, cartões-postais e flores. Sou do tipo que ama quando alguém me manda trechos de músicas, livros ou filmes. Sou do tipo que ainda se apaixona pela pessoa, e não pela aparência. Sou do tipo que passa horas criando aqueles diálogos que citei no texto, aqueles que nunca acontecerão. Sou do tipo que vive em um conto de fadas – mesmo sabendo que esse lugar não existe.

Por tudo isso que eu disse acima, vejo que não pertenço ao meu tempo. Acho que está na hora de me adaptar, não? hahaha

Enfim, consegui esvaziar a minha mente, por enquanto. Espero que eu continue assim por algum tempo.

Até mais.

Sobre lembranças e um passado recente

Acho que de todas as fotografias que tirei em Caicó, esta é a minha preferida.

Há uns dias atrás, eu estava conversando com um amigo meu quando ele me disse para escrever sobre Caicó – no caso, o que eu gostava e sentia falta. Pois bem, aqui estou eu para escrever sobre este assunto. Desde já peço que perdoem-me caso eu use muitas figuras de linguagem ao longo do post.

Esses dias, enquanto estava lavando a louça (um dos melhores momentos do dia para pensar na vida), cheguei à conclusão de que minha relação com Caicó é aquela clássica “amor e ódio”.

Tudo começou com a minha revolta por ter ido embora de Curitiba. Na época em que cheguei ao sertão nordestino, eu estava emocionalmente abalada e queria me “fechar” para o mundo, o que não ajudou muito no meu primeiro contato com as pessoas. Nem no segundo. Nem no terceiro… Resumindo o primeiro ano no RN em poucas palavras:

  • Notas altas;
  • Poucos amigos;
  • Muita música;
  • Um blog;
  • Amadurecimento (este veio bem por último).

O segundo ano foi diferente… Bem diferente.  Cursinho, novas amizades, estudo, música, mais estudo, câmera nova, um pouco mais de estudo, música, amizade com pessoas mais velhas, poucos filmes e por aí vai… Foi um ano muito bom (ou Um Bom Ano, como sempre gosto de falar devido à referência ao filme).

Ao longo dos dois anos em que morei lá, meu principal desejo era ir embora daquela cidade. Céus, como eu detestava Caicó. Hoje em dia, sinto muita saudade – minha mãe até me sacaneia por isso. Saudade de acordar com a claridade, saudade da minha rotina (principalmente a de 2012!), saudade de ter tudo por perto. Saudade do clima seco (juro!), saudade de ser sacaneada por morar no “fim do mundo”, saudade das pessoas. Certa vez um garoto me disse que eu devia aproveitar mais e não ligar de me apegar às pessoas, porque quando eu fosse embora iria doer de qualquer jeito. Não estou dizendo que dói, estou dizendo que sinto saudade. Aquela saudade gostosa, que lhe faz sorrir e desejar mais um dia lá. Não estou dizendo que gosto da cidade, estou dizendo que as minhas experiências lá foram muito boas, querendo eu ou não.

Às vezes me pego pensando em quão boba eu fui de não aproveitar tudo desde o começo. Depois, lembro da minha situação na época e bem… Se eu não tivesse feito tudo exatamente como eu fiz, eu não estaria aqui hoje com essas lembranças, certo? Outra coisa importantíssima que esqueci de mencionar: viagens! Como eu sinto falta das viagens que fiz. Tantas experiências, tantas lembranças, lugares que nunca pensei que fosse conhecer. Definitivamente, quero voltar a morar no Nordeste. Aaah, Caicó. O que você fez comigo?

Este foi mais um post que leva nada a lugar nenhum e espero não ter fugido muito do tema. Sempre começo a escrever com uma ideia na cabeça e quando paro pra ver, tudo já está uma bagunça. Preciso melhorar isso.

Até mais :)

P.S. Sinto sua falta também, mais do que imagina. Saiba que ouvir Legião Urbana nunca mais foi a mesma coisa.

Inconformidades

Eis que uns dias atrás eu estava conversando sobre cinema com um colega meu – deixando sempre claro que eu não entendo muita coisa sobre a sétima arte – e eu fiquei realmente inconformada com algumas coisas que ele disse. Coincidência ou não, vejo que muitos jovens hoje em dia têm o mesmo ponto de vista dele. O mesmo ponto de vista que eu acho “sem noção” e que será assunto deste post.

Muitas vezes vejo pessoas que se dizem cinéfilas classificarem os filmes como bons ou ruins pelos seus respectivos diretores. Nada contra, mas ao meu ver essas pessoas estão meio equivocadas. Vamos aos porquês.

  • Eternal Sunshine of the Spotless Mind é um dos meus filmes preferidos desde a primeira vez em que o assisti. O diretor, Michel Gondry, é o mesmo que dirigiu The Green Hornet, que na minha opinião foi um daqueles filmes “oh, céus, por que eu perdi meu tempo assistindo a isso?”.
  • Quentin Tarantino, um dos “bam bam bans” do cinema, adorado por milhares e milhares de hipsters, pseudo-cults e cinéfilos, foi o roteirista e diretor de Pulp Fiction e Inglorious Basterds. Dois filmes ótimos, dos quais gosto muito. Porém, como nem tudo são flores, nunca assisti a nenhum Kill Bill porque sempre que via cenas passando na televisão, odiava e mudava de canal correndo. Pode ser que hoje minha visão seja outra, apesar de duvidar muito.
  • Outro diretor ovacionado é Martin Scorsese. The Departed e Gangs of New York são dois filmes dos quais também gosto muito (quem não gosta, né?) e que foram dirigidos por ele. Infelizmente, outro dirigido por ele é o tão amado pelos hipsters pseudo-cults Taxi Driver. Assisti a ele com expectativas super altas e vejam só… quase dormi. Até hoje espero pelo ponto alto do filme.
  • Finalmente, o padroeiro dos frequentadores do Starbucks. Woody Allen. Mas que horror, meu povo. Já que ele é super amado, aclamado, usado como influência para a vida e todas essas coisas por metade das pessoas que conheço, resolvi ver qual era a dele, começando por Manhattan. PARA QUÊ?! Foi a minha segunda pior decepção no quesito “filmes” (perdendo apenas para Into the Wild). Reservei uma tarde, deixei de ir ao clube, à piscina, aproveitar o dia com a minha família etc. para assistir a esse filme. Meu pai me alertou, dizendo “Woody Allen é horrível, odeio esse cara”, mas eu insisti em ver. Errar é humano, né, pessoal. Filme totalmente água com açúcar com um final péssimo. Meses após ter me recuperado do trauma, vi Vicky Cristina Barcelona e Match Point. São melhores, sim… mas nada que sirva de justificativa para o amor que as pessoas sentem por esse ser humano.

Muitas vezes eu me sentia burra, de verdade, por não entender mais de cinema, não ver filmes pelos diretores e afins; mas fui pensando melhor, as experiências citadas acima foram acontecendo e hoje em dia me pergunto: por que eu me sentia assim? Gosto de filmes que não foram aclamados pela crítica, assisto aos filmes que me parecem ser bons pela sinopse ou que contenham alguns atores que gosto e não vejo problema nisso. O problema é que existe gente que vê problema, sim. E eu gostaria – e muito – de saber o motivo.

Até mais :)